sábado, 18 de fevereiro de 2012

Palestra com a Podiatra e Enfermeira Lídia Phileme, da Cia. dos Pés

Hoje 17/02, às 08h foi realizada no SEMPRE UNIMED, uma  a palestra com a Podiatra e Enfermeira Lídia Phileme, da Cia. dos Pés, abordando  o tema O PÉ DIABÉTICO
                                                              O que é O PÉ DIABÉTICO?
Os problemas que aparecem na perna e, particularmente no pé dos diabéticos constituem um constante desafio à ciência e à profissão médica.
As alterações anatomopatológicas do diabete mellitus são numerosas, acometem o corpo como um todo e de várias formas, principalmente no período avançado da moléstia e na região de transição da perna ao tornozelo e no pé propriamente dito.
A neuropatia diabética e suas alterações da sensibilidade dos pés têm sido as maiores responsáveis pelo aparecimento destas lesões de difícil tratamento e de prognóstico reservado.
Normalmente, o diabético só se dá conta da lesão quando esta se encontra em estágio avançado e quase sempre com uma infecção secundária, o que torna o tratamento extremamente difícil, devido à insuficiência circulatória.
                                                                 O que se sente?


Desaparecimento ou diminuição dos reflexos do tendão, das rótulas e do calcanhar são frequentes.
Diminuição na sensibilidade térmica e dolorosa e áreas de anestesia são justificativa às tão frequentes lesões.
Na verdade, o grande problema do diabético - devido à sua falta de sensibilidade - é que só se apercebe da seriedade de seu caso, quando sente o mau cheiro exalado pela gangrena diabética.


Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico é feito pela história clínica e pelo exame físico da lesão que geralmente é indolor, porém extensa e de odor extremamente desagradável devido à necrose úmida que provoca.
Como é feito o tratamento?
No tratamento do pé diabético, é fundamental encarar sempre esses pacientes como casos graves, pois é imprevisível o potencial evolutivo que encerram as lesões nos diabéticos, particularmente quando se associam à polineuropatia, à vasculopatia e às infecções.
É necessário o controle rigoroso da glicemia através da dieta e de insulina ou hipoglicemiantes orais, bem como da limpeza diária e tratamento precoce das lesões - o mais imediato possível.
A cirurgia arterial direta e a simpatectomia são possibilidades que podem ser utilizadas.
Como é feita a prevenção?
A prevenção no pé diabético:
 


O exame diário dos pés, bem como a proteção dos dedos e maléolos é a maneira mais fácil de evitar o aparecimento das tão desagradáveis e perigosas lesões;
É necessário secar bem os pés, cortar cuidadosa e periodicamente as unhas;
É preciso evitar a colocação de calor local, tipo bolsas de água quente e proximidade com o fogo;
é recomendável fazer um exame diário dos sapatos, evitando pregos ou corpos estranhos soltos no interior deles


Estas são precauções que, na maioria dos casos, evitam o aparecimento da moléstia, que, em geral, leva a amputações.



 

Coordenador de Medicina Preventiva
    
(CSO/SEMPRE UNIMED)

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Fevereiro é mês de CARNAVAL

O SEMPRE UNIMED MANAUS informa:
Fevereiro é mês de CARNAVAL

A maioria das pessoas acredita que o carnaval é perfeito para fazer tudo aquilo que se quis durante o ano todo, mas que por razões diversas não foi possível fazer... É tempo de se fantasiar, brincar, se divertir, "soltar a franga", enfim. É no carnaval também que parece haver uma tolerância maior em relação ao comportamento sexual. É muito comum ouvirmos frases como "No carnaval, ninguém é de ninguém" ou "Amor de carnaval dura só quatro dias". Frases como essas mostram como a maioria das pessoas se sente nessa época, pelo menos aparentemente... Essa liberalidade toda, porém, pode nos fazer esquecer-se de muitas coisas importantes quando o assunto é o amor e/ou o sexo.
O casal que resolve transar e não utiliza nenhum método de prevenção pode ter uma série de problemas futuros, como uma gravidez indesejada ou até doenças sérias. Todas essas atitudes são exemplos de falta de respeito e responsabilidade. Por isso, ao se divertir no carnaval, pense nisso: não use as pessoas simplesmente para satisfazer suas vontades, porque elas têm sentimentos e você pode feri-los. Não faça com o próprio corpo e com os próprios sentimentos coisas que você não quer ou que não se sente bem fazendo. O carnaval é uma ótima época para o divertimento, para a alegria e para a descontração. Mas lembre-se de que a vida continua depois de fevereiro e que ela pode se tornar muito melhor ou muito pior. Só depende do que você fizer com ela.

Dr. Luiz Nunes de Araújo
Coordenador de Medicina Preventiva
    
(CSO/SEMPRE UNIMED)

( fone: (92) 9114 5874
( fax: (92) 

O melhor plano de saúde é VIVER
O segundo melhor é UNIMED
E o terceiro PREVENÇÃO SEMPRE

Com rede elétrica não se brinca.

Com rede elétrica não se brinca.
Todo cuidado é pouco. Por isso fique atento.

Para um carnaval mais seguro, siga as orientações a seguir:

a)  Trios elétricos e carros alegóricos:

1. Motoristas, evitem trafegar sob a rede elétrica para não romper a distância de segurança e causar acidentes graves.

2. Antes do evento, planeje todo o percurso, observando a existência e altura  das redes (elétrica ou não) e os equipamentos instalados.

3. Nunca toque ou empurre a rede elétrica com objetos de qualquer natureza.

4. Em caso de acidente envolvendo a rede elétrica, informe à MANAUS ENERGIA  imediatamente e aguarde a chegada dos técnicos.

b)    Aparelhos de som, refrigeração e churrasqueiras elétricas:

 1.  Não ligue aparelhos elétricos próximos a duchas ou piscinas. A água pode conduzir a energia elétrica.

 2.  Evite improviso (gambiarras). Instalações inadequadas aumentam os riscos de acidentes com a rede elétrica e com as pessoas.

c)   Colisão de veículos com postes da Manaus Energia (abalroamento)

1.    Não saia do veículo. Você poderá sofrer um choque elétrico se houver algum cabo partido em contato com o automóvel. Se precisar sair devido a incêndio, abra a porta e pule com os pés juntos o mais longe possível, sem tocar a lataria do carro.

2.  Não tente socorrer as vítimas se houver fio partido. Acione imediatamente a MANAUS ENERGIA  e o Corpo de Bombeiros e aguarde a chegada dos técnicos.

d)   Iluminação, enfeites, alegorias, palcos e barracas

 1.    Não faça ligações clandestinas (gatos). Se precisar de energia elétrica, solicite ligação provisória.

 2.   Antes de fazer qualquer ligação elétrica, instalar enfeites e alegorias consulte um técnico especializado.

3.  Não solte fogos de artifícios sob a rede elétrica e não atire serpentinas, jatos de água, espuma ou qualquer objeto sobre a fiação de energia.

4. Durante a montagem de palcos e barracas, nunca se aproxime ou encoste objetos nos fios da rede elétrica.


Exerça a sua cidadania: divulgue essas informações à sua família
e aos seus amigos e contribua para que acidentes
com a rede elétrica não aconteçam.


Cemig - CE / Fevereiro 2012

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Por dentro do cérebro

                     Dr. Paulo Niemeyer Filho / Neurocirurgião
         

Parte da entrevista da revista PODER, ao neurocirurgião Paulo Niemeyer Filho,
 abaixo, quando lhe foi perguntado:

O que fazer para melhorar o cérebro ?
Resposta:
Você tem de tratar do espírito. Precisa estar feliz, de bem com a vida, fazer exercício. Se está deprimido, reclamando de tudo, com a autoestima baixa, a primeira coisa que acontece é a memória ir embora; 90% das queixas de falta de memória são por depressão, desencanto, desestímulo. Para o cérebro funcionar melhor, você tem de ter alegria. Acordar de manhã e ter desejo de fazer alguma coisa, ter prazer no que está fazendo e ter a autoestima no ponto.

PODER: Cabeça tem a ver com alma?


PN: Eu acredito que a alma está na cabeça. Quando um doente está com morte cerebral, você tem a impressão de que ele já está sem alma... Isso não dá para explicar, o coração está batendo, mas ele não está mais vivo. Isto comprova que os sentimentos se originam no cérebro e não no coração.

PODER: O que se pode fazer para se prevenir de doenças neurológicas?


PN: Todo adulto deve incluir no check-up uma investigação cerebral. Vou dar um exemplo: os aneurismas cerebrais têm uma mortalidade de 50% quando rompem, não importa o tratamento. Dos 50% que não morrem, 30% vão ter uma sequela grave: ficar sem falar ou ter uma paralisia. Só 20% ficam bem. Agora, se você encontra o aneurisma num checkup, antes dele sangrar, tem o risco do tratamento, que é de 2%, 3%. É uma doença muito grave, que pode ser prevenida com um check-up.

PODER: Você acha que a vida moderna atrapalha?


PN: Não, eu acho a vida moderna uma maravilha. A vida na Idade Média era um horror. As pessoas morriam de doenças que hoje são banais de ser tratadas. O sofrimento era muito maior. As pessoas morriam em casa com dor. Hoje existem remédios fortíssimos, ninguém mais tem dor.

PODER: Existe algum inimigo do bom funcionamento do cérebro?
PN: Todo exagero.Na bebida, nas drogas, na comida, no mau humor, nas reclamações da vida, nos sonhos, na arrogância,etc.O cérebro tem de ser bem tratado como o corpo. Uma coisa depende da outra.É muito difícil um cérebro muito bom num corpo muito maltratado, e vice-versa.
PODER: Qual a evolução que você imagina para a neurocirurgia?PN: Até agora a gente trata das deformidades que a doença causa, mas acho que vamos entrar numa fase de reparação do funcionamento cerebral, cirurgia genética, que serão cirurgias com introdução de cateter, colocação de partículas de nanotecnologia, em que se vai entrar na célula, com partículas que carregam um remédio que vai matar aquela célula doente que nos faz infeliz. Daqui a 50 anos ninguém mais vai precisar abrir a cabeça.
PODER: Você acha que nós somos a última geração que vai envelhecer?

PN: Acho que vamos morrer igualmente, mas vamos envelhecer menos. As pessoas irão bem até morrer. É isso que se espera. Ninguém quer a decadência da velhice. Se você puder ir bem mentalmente, com saúde e bom aspecto, até o dia da morte, será uma maravilha.

PODER: Hoje lidamos com o tempo de uma forma completamente diferente. Acha que isso muda o funcionamento cerebral das pessoas?


PN: O cérebro vai se adaptando aos estímulos que recebe, e às necessidades. Você vê pais reclamando que os filhos não saem da Internet, mas eles têm de fazer isso porque o cérebro hoje vai funcionar nessa rapidez. Ele tem de entrar nesse clique, porque senão vai ficar para trás. Isso faz parte do mundo em que vivemos, e o cérebro vai correndo atrás, se adaptando.

Você acredita em Deus?


PN: Geralmente, depois de dez horas de cirurgia, aquele estresse, aquela adrenalina toda, quando acabamos de operar, vai até a família e diz:

"Ele está salvo".

Aí, a família olha pra você e diz:


"Graças a Deus!".

Então, acreditamos que não fomos apenas nós, que existe algo mais independente de religião.
 

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Análises de sangue realizadas para o diagnóstico do diabetes mellitus


Este texto abordará as análises de sangue realizadas para o diagnóstico do diabetes mellitus e para o acompanhamento dos níveis da glicose sanguínea. Falaremos, entre outros, sobre a glicemia em jejum, glicemia pós-prandial, hemoglobina glicosilada.  
Há duas décadas existem evidências científicas de que o rigoroso controle dos níveis de glicose no sangue, chamado de glicemia, pode prevenir complicações do diabetes tais como:
  1. A nefropatia diabética (lesão renal);
  2. A retinopatia diabética (lesão dos olhos);
  3.  E neuropatia diabética (lesão dos nervos periféricos).

Portanto, além do diagnóstico precoce do diabetes, é preciso um seguimento contínuo da taxa de glicose destes pacientes. Atualmente dispomos de algumas opções para quantificar a glicemia. Vamos falar especificamente de cada uma a seguir.

1- Glicemia em jejum

O exame da glicemia em jejum é modo clássico de diagnosticar o diabetes mellitus. Consideramos jejum, neste caso, a ausência de consumo de calorias por pelo menos 8 horas.
Quando em jejum, o níveis de glicose no sangue devem estar abaixo do 100 mg/dL. Este é o valor normal e desejado para todos.

Quando a glicemia em jejum encontra-se entre
100 e 125 mg/dL, dizemos que este paciente apresenta glicemia de jejum alterada, também chamada de hiperglicemia não diabética ou, mais didaticamente, pré-diabetes. O termo pré-diabetes pode ser empregado baseado no fato de que 1 a cada 4 pacientes com glicemia de jejum alterada, desenvolverão critérios para diabetes mellitus dentro de 3 a 5 anos. Se o paciente tiver outros fatores de risco como obesidade e história familiar, o risco é ainda maior.

Quando
a glicemia em jejum encontra-se acima do 126 mg/dL em pelo menos 2 análises de sangue coletadas em momentos diferentes, temos critério para o diagnóstico do diabetes.
A glicemia em jejum é atualmente usada apenas para o diagnóstico. Nos pacientes com diabetes mellitus já em tratamento, o seu uso é mais limitado, pois nos fornece apenas o valor da glicemia no momento da coleta, não sendo possível saber como ela estava nos dias anteriores. Para o seguimento do diabetes o melhor exame atualmente é a hemoglobina glicosilada, explicada em detalhes mais abaixo.
                                   2- Glicemia sem jejum
O melhor exame para o diagnóstico do diabetes é a medição da glicemia realizada com jejum de pelo menos 8 horas. Porém, eventualmente o paciente pode dosar sua glicemia sem estar em jejum, e às vezes, esse valor pode ser útil.

Quando nos alimentamos, em questão de minutos, nossa corrente sanguínea recebe uma carga de glicose, elevando rapidamente a nossa glicemia. Após uma alimentação, fatalmente nossa glicemia estará acima de 126 mg/dL, o que obviamente não indica diabetes. Porém, assim como o sangue recebe um banho de glicose, nosso pâncreas também libera uma carga de insulina para que essa glicose possa ser aproveitada pelo nosso organismo. Deste modo, a nossa glicemia permanece mais ou menos controlada, não ultrapassando o valor de 200 mg/dL em momento algum, retornando ao valores normais após mais ou menos 3 horas. Por isso, qualquer glicemia que se encontre acima de 200 mg/dL, mesmo após uma refeição, é indicativa do diabetes. Se o paciente tiver sintomas de diabetes, então, o diagnóstico pode ser fechado mesmo sem a solicitação da glicemia em jejum para confirmação.
                  3 -  Glicemia pós-prandial de 2h

O grande problema das dosagens de glicemia sem jejum é a falta de padronização. Cada indivíduo consome uma quantidade diferente de calorias e o exame é feito com diferentes tempos de intervalo entre a última refeição. Para evitar confusões, existe um exame chamado de glicemia pós-prandial que funciona da seguinte maneira: os pacientes vão ao laboratório e colhem uma amostra de sangue para avaliar a glicemia de jejum. Após esta coleta, o laboratório fornece uma bebida com uma quantidade fixa de glicose (75g) e ao final de 2 horas, uma nova amostra de sangue será coleta para aferição da sua glicemia.

Este exame serve para avaliar com está a sua secreção de insulina após uma carga de glicose.
A glicemia pós-prandial normal é aquela que, após 2 horas, se encontra abaixo dos 140 mg/dL.
Valores entre 140 e 199 mg/dL indicam intolerância a glicose e são um sinal de que o seu organismo não está lidando corretamente com a elevação do glicose após as refeições. Normalmente indica resistência à ação da insulina. É também considerada um estágio pré-diabetes, mesmo que a glicemia em jejum esteja abaixo de 100 mg/dL.
Valores acima de 200 mg/dL são indicativos de diabetes.
4- Teste oral de tolerância a glicose com curva   glicêmica

O teste oral de tolerância a glicose (TOTG) é uma versão modificada da glicemia pós-prandial, usada para o diagnóstico do diabetes que se desenvolve na gravidez, chamado diabetes gestacional. É normalmente realizado entre a 24ª e 28ª semanas de gestação.

O teste é feito da seguinte maneira. Uma primeira amostra de sangue é colhida em jejum. É, então, oferecido uma bebida com 100g de glicose. Novas amostras de sangue são coletadas após 1, 2 e 3 horas. O diabetes gestacional é diagnosticado quando os resultados excedem dois ou mais dos seguintes valores:

- Glicemia de jejum maior que 95 mg/dL
- Glicemia de 1 hora maior que 180 mg/dL
- Glicemia de 2 horas maior que155 mg/dL
- Glicemia de 3 horas maior que 140 mg/dL

Este tipo de exame só tem valor em grávidas.

              5-
Hemoglobina glicosilada

Ao contrário dos exames acima que servem principalmente para o diagnóstico do diabetes mellitus, a hemoglobina glicosilada, também chamada de hemoglobina glicada, hemoglobina A1c ou simplesmente, HbA1c, é um exame usado para avaliar o controle da glicemia nos pacientes já com o diagnóstico firmado de diabetes.

A hemoglobina glicosilada é um exame extremamente útil, pois serve para avaliar o estado da glicemia nos últimos 3 meses. Quando dosamos a glicemia em jejum nos pacientes diabéticos o seu resultado indica apenas como está o controle do diabetes nas últimas horas. Por exemplo, um paciente passa os últimos 3 meses sem dieta e usando os medicamentos para o diabetes de modo irregular, mas 24-48 horas antes das análises resolve tomar os remédios de modo correto. Quando ele for dosar a glicemia em jejum é possível que esta se encontre dentro ou próximo da normalidade dando a falsa idéia de que seu diabetes está bem controlada. Porém, se a hemoglobina glicada também for dosada, esta estará claramente alterada, indicando que, na verdade, o diabetes não está sendo tratado como seria suposto.

Mas como funciona a hemoglobina glicosilada?

A hemoglobina é a principal proteína das nossas hemácias (glóbulos vermelhos). Quando a taxa de glicose no sangue encontra-se elevada, parte da hemoglobina começa a ligar-se à esse excesso de glicose circulante, transformando-se em hemoglobina glicosilada, ou seja, hemoglobina ligada a glicose. Como as hemácias tem uma vida de 3 a 4 meses, este é o tempo em que cada uma fica exposta a glicose no sangue, fazendo com que a hemoglobina glicada seja um espelho da glicemia média nos últimos 3 meses.

Os valores normais de hemoglobina glicosilada, para pessoas sem diabetes, ficam entre 4% e 6%. Um diabetes bem controlado é aquele que apresenta valores abaixo de 7%. Níveis acima de 7% estão associados a
um maior risco de complicações como doenças cardiovasculares, renais, dos nervos periféricos e dos olhos. A partir dos valores da hemoglobina glicosilada é possível estimar a taxa média de glicose nos últimos 3 meses:

HbA1c - Glicemia média (variação)
5% - 97 (76–120)
6% - 126 (100–152)
7% - 154 (123–185)
8% - 183 (147–217)
9% - 212 (170–249)
10% - 240 (193–282)
11% - 269 (217–314)
12% - 298 (240–347)

Apesar de ainda não ser universalmente aceito, já há grupos que usam a hemoglobina glicosilada também para o diagnóstico do diabetes mellitus. Dois análises diferentes com valores de HbA1c maiores que 6,5% seriam suficientes para se fechar o diagnóstico.



                  6- Glicemia capilar

A glicemia capilar é aquele exame onde avaliamos a glicemia do momento através de uma pequena gota de sangue e um aparelhinho para a leitura da concentração de glicose sanguínea.
Glicemia capilar - Aparelho para medir o diabetes
                       

Este é excelente e prático modo de avaliar mais de uma vez ao dia a variação da glicemia, permitindo fazer ajustes pontuais na dose e no horário dos medicamentos anti-diabéticos, principalmente da insulina.

A glicemia capilar não deve ser usada para o rastreio do diabetes na população sadia. Sua relação com os resultados da glicemia pela análise laboratorial do sangue não são tão corretas uma vez que vários fatores podem levar a uma leitura errada, como uma mão não propriamente limpa, um mau armazenamento das tiras, sujeira no aparelho, mãos muito frias etc... Além disso, a glicemia nos capilares do dedos costuma estar sempre um pouco mais alta que a glicemia do sangue nas veias.

Portanto, a glicemia capilar serve para o seguimento do diabetes, mas não para o seu diagnóstico.


Autor do artigo
Dr. Pedro Pinheiro - Médico formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 2002. Diploma reconhecido pela Universidade do Porto, Portugal. Título de especialista em Medicina Interna pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) em 2005. Título de Nefrologista pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e pela Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) em 2007. Título de Nefrologista pelo Colégio Português de Nefrologia